2 de agosto de 2011

O poder da camisa 9

Com o tempo, o futebol se tornou sinônimo de velocidade, marcação, movimentação. Com isso, perdeu o jogador referência no ataque, aquele jogador fixo que fica dentro da área só esperando para empurrar a bola para rede. Treinadores não viam mais necessidades de jogar com um jogador que ficava parado, movimentação era o lema. O Barcelona é sempre usado como exemplo, desculpa, por treinadores que defendem o futebol sem o homem área, mas a verdade, é que o Barcelona é uma exceção, e o atual Campeonato Brasileiro é uma prova disso. O líder, Corinthians, depende muito do seu centroavante. Sem Liedson, recém operado, o time do Parque São Jorge jogou duas vezes e perdeu as duas, sendo que com o luso brasileiro em campo, foram dez jogos, com nove vitórias. No vice-líder, Flamengo, a situação não é diferente. Com a inconstância de Deivid e Diego Mauricio, o time dependo muito dos meias, Ronaldinho e Thiago Neves para colocar a bola no barbante, talvez esse seja um dos motivos para o excesso de empates da equipe rubro negra. O São Paulo, talvez seja o time que mais sofra com a falta de um camisa 9. Com a incurável lesão de Luis Fabiano, tanto Carpegiani, como agora, Adilson Baptista, optaram por jogar sem a referência. Está dando certo, mas o Tricolor cria muito e faz pouco, perdendo pontos preciosos dentro do Morumbi. O Santos, sofreu muito com a falta de pontaria de Zé Love na Libertadores, mas agora, achou em Borges (dispensado pelo Grêmio) o seu goleador. Com a chegada de ‘Morro’ Garcia, o Atlético PR, desencantou. Bill comanda a reação do Coxa. Fábio Jr e Alessandro tentam levantar o Coelho. Sem contar os selecionáveis, Fred e Leandro Damião, responsáveis pela artilharia de Fluminense e Internacional, respectivamente. A tendência é essa. Nem todos podem contar com Messi e Villa municiados por Iniesta e Xavi. O verdadeiro camisa 9, é essencial!


Guilherme Michelato - @guimichelato

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